Crescimento econômico com sustentabilidade ambiental e combate à pobreza. Esse foi o modelo de desenvolvimento defendido na terça-feira (29) pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, na abertura do V Fórum Ministerial de Desenvolvimento, que reúne em Brasília representantes de cerca de 30 países da América Latina, África e Caribe. A secretária-geral adjunta da ONU e administradora do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Helen Clark, apoiou o discurso da ministra.
“Só é possível construir um país forte com uma agenda social com ações integradas em todos os ministérios”, disse Tereza Campello. O desafio da superação da fome no Brasil, acrescentou a ministra, inclui o fortalecimento da transferência de renda, de ações de inclusão produtiva, assistência social e de capacitação.
A ministra reforçou ainda que o novo modelo de desenvolvimento social exige casar as três agendas: econômica, social e ambiental.
Segundo Hellen clark, “o sucesso do Brasil quanto à redução da pobreza e desigualdade oferece soluções para vários países.”
A representante do Pnud assinalou ainda que pressões ambientais fazem mais forte a luta contra a pobreza e o aquecimento global e a favor da expansão do saneamento e do acesso a água. Em sua opinião, esses temas precisam ser tratados durante a Rio+20, que ocorrerá no Rio de Janeiro em junho, para que as metas dos Objetivos do Milênio sejam alcançadas em 2015.
Abordagem – O subsecretário da ONU e diretor regional para a África, Tegegnework Gettu, lembrou que transferência de renda era vista como caridade até pouco tempo no Brasil. “O país desafiou essa abordagem e hoje vemos os resultados. O Bolsa Família reduziu a pobreza e a mortalidade infantil”. Ele também defendeu que o ponto máximo de negociação da Rio+ 20 envolva a questão sobre a integração entre economia, social e ambiental. Gettu incluiu ainda políticas que reduzem as diferenças de gênero.
O secretário do Ministério das Relações Exteriores e Cooperação da Espanha, Gonzalo Robles , observou que seu país não está alheio a nada do que acontece na América Latina e na África. Lembrou que a situação atual mostra um paradoxo porque países desenvolvidos estão enfrentando problemas sérios, enquanto a América Latina tem caminhos a oferecer. “O Brasil é um bom exemplo de história de sucesso a ser seguido por todos.”
A troca de experiências no fórum continua até quinta-feira. Uma das organizadoras do evento, junto ao MDS, Helen Clark espera sair de Brasília com propostas de políticas que possam ajudar outros países a combater a fome e a pobreza.
Fonte: Ascom/MDS
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